quarta-feira, 1 de julho de 2009

O que significa cada imagem de Buda?


O que significa cada imagem de Buda?
por Elisa Souto


Buda Sakyamuni emaciado

Origem: Paquistão

Antes de virar Buda, o príncipe Siddhartha Gautama desfrutava de uma vida luxuosa. Saiu de seus palácios, pela primeira vez, aos 29 anos e teve 4 encontros que o levaram a renunciar a todo tipo de luxo durante 6 anos, a fim de buscar a resposta para o fim do sofrimento humano. Seu corpo reduzido a ossos representa o encontro com a dor e o sofrimento.

Guarda-sol
Origem: Índia

Em 528 a.C., Buda alcança a iluminação e recebe oferendas dos deuses, conhecidas como 8 símbolos da boa fortuna. Cada símbolo significa uma parte do corpo de Buda: o guarda-sol seria sua coroa. A sombra proporcionada pelo objeto traduz a proteção contra doenças, forças negativas e qualquer situação que leve ao sofrimento.

As pegadas de Buda
Origem: Índia

Em 232 a.C., a morte do rei indiano Asoka levou ao colapso do Império de Mauria (primeiro estado monárquico da Índia). O novo imperador, Pushyamitra Shunga, proibiu o budismo e o culto às imagens de Buda, que passou a ser indicado por símbolos. As pegadas se tornaram bastantes populares já que representam o caminho para alcançar a iluminação.

Buda Maitreya
Origem: China

Quando o budismo foi levado à China, durante a dinastia Sung (960 -1275), as imagens indianas foram adaptadas. O Buda Maitreya, que era magro, tornou-se a famosa imagem gorda e sorridente, símbolo da fortuna e prosperidade. Maitreya é aguardado como o próximo Buda, quando os ensinamentos do Buda Sakyamuni forem esquecidos.

texto publicado em: http://super.abril.com.br/religiao/significa-cada-imagem-buda-445895.shtml

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O cúmulo da ignorância...

Um padre da Igreja Católica Ortodoxa Bizantina, em São Gonçalo, e sua esposa foram ameaçados de morte, no domingo, por meio de pichações no muro da capela São Expedito e São Jorge, que fica no bairro Pita.

De acordo com o padre Carlos Antônio Coutinho da Costa, de 50 anos, vizinhos e comunidade não entendem que o sacerdote da vertente Ortodoxa pode ser casado.
— Desde que comecei a pregar aqui, há dez anos, minha família e eu sempre fomos hostilizados. Sou considerado um padre falso e charlatão. As pessoas não nos entendem e se sentem revoltadas. Para elas, padre tem que ser solteiro. Mas, na Igreja Ortodoxa, o casamento é permitido — explica Costa, que é o bispo responsável pela religião em quatro estados do país.

Por volta de 2h da madrugada, o padre acordou com barulhos e viu três rapazes, de aproximadamente 20 anos, fugindo com um pedaço de planta nas mãos. Segundo o sacerdote, os jovens teriam escrito as ameaças dirigidas a ele e a sua esposa: “Padre safado vai morrer. Leíse vai morrer”.

Assustado com a intimidação, ele registrou o caso na 73 DP (Neves) e identificou os vândalos:
— Fui à polícia porque pensei: “e hoje? Como vai ser?” — diz. — Na vizinhança, ninguém me suporta. Não tenho amigos. As pessoas não me cumprimentam e viram a cara para mim. Minha esposa e meus filhos também são rejeitados.

Agora, o sacerdote planeja sair do Pita. Além das ameaças, a hostilidade não o deixa realizar seu trabalho:
— Vou bater os pés, tirar a poeira das sandálias e ir embora, como diz na Bíblia, porque não fui bem recebido por aqui.

Seria o amadurecimento da Justiça?

Pastor e integrante de igreja são presos
suspeitos de intolerância religiosa

Os dois seriam responsáveis pela exibição de vídeo contra pais de santo.
Segundo polícia, essas são as primeiras prisões para esse tipo de crime.

19/06/09 - 20h54 - Atualizado em 20/06/09 - 12h41

Um pastor e um integrante de uma igreja foram presos no início da tarde desta sexta-feira (19) na Zona Portuária do Rio suspeitos de intolerância religiosa. Segundo a delegada Helen Sardenberg, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), essas seriam as primeiras prisões, que são preventivas, para esse tipo de crime no estado do Rio. Os dois, um deles o Pastor Tupirani, que são da Igreja Geração Jesus Cristo, foram encaminhados para a delegacia.


Helen afirmou que os dois são responsáveis por imagens na internet em que o homem, que se identifica como Afonso Henrique, faz referências negativas a pais de santo na internet. A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa denunciou o líder religioso ao Ministério Público e à chefia de Polícia Civil, por intolerância religiosa.

Segundo a comissão, a queixa foi feita na quarta-feira (17), depois da exibição das imagens. Ainda segundo a comissão, Afonso seria responsável por um ataque a um centro espírita no Catete, na Zona Sul do Rio. No vídeo postado na internet, ele confessa que participou da ação no Catete, mas ressalta que foi ameaçado. Na época, o Pastor Tupirani condenou o ataque.

A delegada informou também que a investigação mostrou que o pastor foi o mentor intelectual do vídeo. Segundo ela, ele é o fundador da igreja. Os dois serão encaminhados para a carcaragem da Polinter. Eles não reagiram à prisão.

Assista o vídeo no G1:

http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1201265-5606,00-PASTOR+E+INTEGRANTE+DE+IGREJA+SAO+PRESOS+SUSPEITOS+DE+INTOLERANCIA+RELIGIOS.html

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Índios do Brasil

Matéria muito interessante sobre a cultura indígena, especial para o mês do índio...

Para muitos brasileiros, a ancestralidade ainda vive nessas pessoas: 


quinta-feira, 12 de março de 2009

A visão científica da Fé


Cientistas identificam áreas do cérebro ligadas à fé religiosa
Ao pensar em Deus, pessoas usam regiões ligadas à interação com outros. Resultados indicam que não há 'órgão divino' único na mente humana.
Reinaldo José Lopes, fonte G1



A ciência provavelmente não é capaz de provar se Deus existe ou não existe, mas a fé religiosa, pelo visto, é bem real -- ao menos em seus efeitos sobre o cérebro. Pesquisadores americanos estudaram o órgão em ação e conseguiram mapear as regiões cerebrais que entram em atividade quando alguém pensa em Deus, no conteúdo de uma determinada doutrina religiosa ou nas cerimônias ligadas à sua fé.
A pesquisa, coordenada por Jordan Grafman, dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, está na edição desta semana da revista científica "PNAS". A primeira conclusão da equipe é que não existe nenhum "órgão divino" especializado no cérebro. Para processar informações, sensações e emoções ligadas à religião e à crença em Deus, as pessoas utilizam regiões do cérebro que também servem para outras funções do dia-a-dia mental.
Isso vale, por exemplo, para quando os voluntários tinham de imaginar Deus relativamente distante do mundo e das pessoas, sem se envolver com os assuntos terrenos; Deus enraivecido e Deus amoroso. Em todas essas situações, as áreas do cérebro que ficaram ativas, de acordo com exames de ressonância magnética, tinham a ver com a chamada Teoria da Mente. A Teoria da Mente é uma propriedade mental humana que tem a ver com a detecção de emoções e intenções em outras pessoas ou seres. É a capacidade que você usa para imaginar por que um amigo ou um parente ficou bravo com você por algum motivo, por exemplo. Nesse caso, os voluntários estão pensando num agente sobrenatural (Deus) como se ele tivesse uma mente como a de outros seres humanos.
Da mesma forma, áreas cerebrais tipicamente associadas com o raciocínio abstrato, a memória e a fala "acenderam" quando as pessoas tinham de pensar em dogmas de sua religião, enquanto regiões associadas com o processamento sensorial ficavam ativas quando a pessoa tinha de pensar em rituais religiosos. Assim, para o cérebro, decorar informações sobre a Santíssima Trindade não seria muito diferente de aprender uma equação matemática, e assistir a uma missa seria parecido com ir ao teatro, por exemplo.
Os pesquisadores ressaltam que a pesquisa foi feita exclusivamente com cristãos ocidentais. A religiosidade de pessoas de outras partes do mundo pode envolver aspectos cognitivos diferentes.

(Imagem de ressonância obtida de cabeça e torso (Foto: David Brunner e Klaas Pruessmann/Divulgação)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

A Cura que vem da floresta


Para tratar doentes, os pajés cantam, dançam, fumam, 
consultam os espíritos e retiram a doença do enfermo usando as próprias mãos.

A pajelança é um ritual indígena, de cura por excelência, pois é praticado em tribos de diversas partes do mundo. Neles os pajés (em algumas tribos há mulheres-pajé) cantam, dançam e fazem encantamentos para invocar os espíritos da floresta, que irão guiá-los na cerimônia, na qual vão tentar retirar a causa da doença do corpo do enfermo.

A eficiência da pajelança vai depender da crença do interessado que se submeter ao ritual. "O fundamental é ter fé", diz o antropólogo americano Robin Wright, diretor do Centro de Pesquisa em Etnologia Indígena da Universidade Estadual de Campinas. "Mas, se não funcionasse, a pajelança não seria uma tradição de milhares de anos entre os povos indígenas." Wright vive há 20 anos no Brasil e pesquisa há décadas os Baniwa - tribo do noroeste da Amazônia, na fronteira da Venezuela com a Colômbia -, que praticam a pajelança. É comum os pajés usarem substâncias psicoativas que os colocam em um estado alterado de consciência. Eles acreditam que, assim, a alma sairá do corpo e entrará em contato com espíritos e outras entidades do Cosmos, que lhes orientarão durante o ritual. O tabaco é a substância mais utilizada para atingir esse estado de consciência. Ele é fumado ou ingerido em grandes quantidades, nas formas líquida ou pastosa.

A doença entre os povos indígenas é interpretada como resultado de um objeto patogênico introduzido no corpo da vítima - seja por bruxaria ou até pela não observância de um jejum recomendado. Para os índios, esse objeto patogênico é um intruso e a tarefa do pajé é identificar a causa e retirá-la.

Os rituais variam bastante, mas, no Brasil, algumas técnicas são comuns a várias tribos, como o uso da massagem em que o pajé manipula com as mãos a parte física adoentada. Outra maneira é a sucção: o sacerdote coloca a boca na região doente, suga o objeto patogênico e depois o vomita.
Em 1986, os rituais de pajelança despertaram atenção internacional quando o cientista brasileiro Augusto Ruschi - considerado a maior autoridade mundial em beija-flores - se submeteu a uma pajelança para livrar-se de males que, acreditava, teriam sido causados pelo veneno de sapos que ele capturara na Amazônia. O cacique Raoni, da tribo Txuacarramãe, e o pajé Sapaim, dos Camiurá, retiraram uma gosma esverdeada do corpo de Ruschi, anunciando que aquela era a causa do mal.

texto de Cíntia Cristina da Silva, extraído da "Revista das Religiões", edição especial - Junho 2004

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O que precisa mudar...

Polícia abre inquérito para investigar intolerância religiosa em sala de aula
Professora teria expulso aluno chamando-o de ‘filho do demônio’. 
Dossiê é levado ao Conselho de Defesa da Criança e do Adolescente.

A polícia do Rio investiga uma denúncia de intolerância religiosa na Fundação de Apoio a Escola Técnica (Faetec), em Quintino, no subúrbio do Rio. O fato ocorreu em junho de 2008, como noticiou o jornal "Extra" no domingo (25), quando Felipe Gonçalves Pereira, de 13 anos, foi expulso da sala de aula por uma professora e chamado de “filho do demônio” por usar no pescoço um colar de contas típico dos adeptos de religiões de origem africana. O caso foi parar na delegacia, mas só agora, em janeiro, foi instaurado um inquérito.
 
“Eu assumi a delegacia em dezembro, não tinha conhecimento do registro. Por coincidência, há 15 dias, tomei conhecimento do caso. O inquérito está instaurado e está em andamento. Mas o processo não estava parado, a professora chegou a ser ouvida”, explica o delegado Carlos Henrique Machado, da 28ª DP (Campinho).

Segundo o delegado, o adolescente e sua mãe ainda prestarão depoimento e o inquérito deverá estar concluído em 30 dias, quando será encaminhado ao Ministério Público. A demora na investigação levou o advogado Carlos Nicodemus, coordenador jurídico da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, a protocolar uma petição na delegacia em 21 de janeiro pedindo a continuidade das investigações.

“Ele passou por um conjunto de situações constrangedoras e chegou a perder o ano escolar”, disse.
 
Dossiê
Nicodemus entregou nesta terça-feira (27) ao presidente do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente, Siro Darlan, um dossiê sobre o caso. O documento conta que as agressões da professora, muitas vezes na frente dos seus colegas, teriam ocorrido desde o inicio do ano letivo, em 2008, e culminaram com sua expulsão da sala de aula.
 
No dossiê, a comissão pede que o caso seja monitorado pelo conselho e que seja realizada uma audiência pública para a promoção de debates e proposições sobre o direito à liberdade religiosa de crianças e adolescentes. O documento solicita ainda medidas junto aos órgãos competentes para apuração do caso.

fonte: G1
Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

Felipe numa sala de aula da Faetec: escola pediu desculpas ao aluno e sua família (Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo)


A Caverna de Platão














Gostaria de compartilhar esse quadrinho da equipe do Maurício de Sousa que retrata a Caverna de Platão através do Piteco.

O quadrinho pode ser acessado pelo link:

domingo, 4 de janeiro de 2009

Intolerância religiosa e a complexa questão da diversidade cultural

Abaixo segue um texto publicado no site do Jornal de Angola no qual o autor João Pinto aborda o tema da intolerância religiosa sob o ponto de vista africano. Parece que a globalização nos apresenta também de forma única as dificuldades de respeito e aceitação do ser humano. O texto abaixo está apresentado na íntegra e pode ser encontrado no site do Jornal de Angola.

Intolerância religiosa e a complexa questão da diversidade cultural

A intolerância religiosa é o desconforto resultante da não-aceitação das convicções religiosas de outro, respeito pelas opções dos outros, pondo em causa a sua liberdade de escolha, dignidade e consequente responsabilidade como ser humano racional e sensível à transcendência.

A humanidade resulta de um longo processo histórico, onde a nação política, histórica, linguística e religiosa confundiam-se. Hoje, tais pressupostos estão ultrapassados, pois, as consequências da intolerância religiosa ou sociocultural teve efeitos nefastos, justificando actos bárbaros, desumanos ou irracionais, pondo em causa os padrões civilizacionais até então alcançados. O apogeu da intolerância sociocultural começa no Egipto, por desres-peito pelos judeus escravos na construção das pirâmides, o processo das guerras helénicas e imposição da sua civilização, os romanos com as colónias e perseguição dos cristãos, as guerras islâmicas de conquista, mas ela se torna repugnante com a escravatura sobre os africanos e a sua desumanização como processo estrutural de imposição de uma fé de matriz cristã, na óptica pauliniana1. Os regimes totalitários na busca do sonho de domínio e conspiração das minorias religiosas, organizou a perseguição contra os judeus na Alemanha Nazi, culminando com o extermínio de judeus em 1945, dando origem ao Estado Israelita em 1948 que infelizmente até ao preciso momento não está pacificado com os palestinianos de fé islâmica. O mundo dito globalizado tende por uma filosofia de matriz religiosa protestante, há um declínio da doutrina social da Igreja Católica ou Europeia, nas finanças e comércio há um domínio filosófico religioso judeu e cristão (calvinista), resultante do excesso de liberdade de opção, liberalismo, onde a solidariedade, a iniciativa e sucesso individual conflituam, vencendo os empreendedores, coisa que nem sempre é justa do ponto de vista social.

Liberdade cultural num mundo diversificado
As escolhas que os homens fazem e as responsabilidades das suas acções ou omissões, é o que podemos considerar como sendo a liberdade. A liberdade implica consciência, responsabilidade e ética ou respeito pela ordem sociocultural no mundo. Falar de liberdade cultural num mundo diversificado devemos atendermo-nos à pluralidade sociocultural, (racial, religiosa, linguística, política e económica) o mundo de hoje deve atender à diferença, inclusão ou protecção dos vulneráveis, igualdade, atendendo às identidades acima referidas. O estar e sentir dos homens resulta da sua essência, bem, mal, justo ou injusto, alegre ou triste são acções ou manifestação de emoções naturais no homem. As características somáticas (cor da pele, nariz, cabelo, olhos), a manifestação de tais aspectos ultrapassam a razão, são transcendentais ao homem, ultrapassa a vontade do indivíduo ou sujeito. Devemos com isto compreender os outros tal-qualmente os outros são. Ser universalista, relativista ou absolutista pouco importa, o que interessa é olharmos aos outros como são; a igualdade não implica identidade mas inclusão, atendendo olhar sobre os outros, se são religiosos ou não, se são claros ou escuros, se se vestem como nós ou não. A liberdade cultural é o respeito pelos outros, convivermos, respeitarmos os outros mesmo quando diferentes de nós... Todos os povos têm os seus valores, sentido de bem ou de mal, justo ou injusto; mas o mundo globalizado é diversificado que, deve atender às especificidades, aos gostos estéticos ou artísticos, à filosofia, é técnica ao conhecimento. Uns são altos, baixos, magros, gordos, claros, escuros, homens, mulheres, belos e feios. O respeito pelos outros é um imperativo de humanismo para um convívio sadio e equilibrado. Ignorar as diferenças culturais é conflituar, é provocar os outros, tendo como consequência a guerra, injustiça ou arbitrariedades(2). Só com aceitação aos outros vamos contribuir pela diversidade cultural ou equilíbrio social. 

Liberdade Cultural e Democracia
A democracia contemporânea tende pela aceitação, respeito e inclusão dos diferentes. Não se pode ser democrata quando não res-peitamos as premissas da igualdade, pluralidade cultural e solidariedade. Estes pressupostos resultam da liberdade de opção, consciência e consequente manifestação do seu estar e sentir ou sua espiritualidade, arte, língua e religião. A democracia resulta na esco-lha dos governantes com um número significativo de indivíduos livres, secretamente participam ou influenciam na escolha das elites governantes. Ora, democracia e liberdade cultural são pressupostos do pluralismo ou multiculturalismo vide artigos 1º , 2º, 18º da DUDH (3); 1º, 2º, 3º da CADHP (4). Cabe-nos olhar para os referidos direitos culturais como um dever do Estado garantindo a coesão social, económica e cultural vide artigo 7º , 18º e 49º da Lei Constitucional. Garantir a liberdade cultural é efectivar a igualdade entre homens, pessoas, seres cônscios dos seus direitos e deveres, coarctar, amputar e discriminar negativamente, é racismo segundo o artigo 1º da Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial(5).

1 S. Paulo, defendia a conversão total e sem reserva, nova identidade, novo nome para a salvação, nas suas epístolas aos Romanos cap. VI.
2 Vide Relatório do PNUD, 2004, pág 40 s.s.
3 Declaração Universal dos Direitos do Homem, é direito fundamental material ex vi artigo 21 da lei Constitucional Angolana.
4 Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, aprovada pela Resolução nº 1/91 de 19 de Janeiro.D.R. nº 3, I série.ola ainda não aderiu.

Texto de João Pinto, publicado no Jornal de Angola em 07 de Dezembro de 2008.